Doenças cardiovasculares em Portugal: números que pedem ação
As doenças cardiovasculares continuam a ser a principal causa de morte em Portugal. Segundo os dados mais recentes do INE, representam cerca de 30% da mortalidade nacional, à frente de patologias como o cancro ou as doenças respiratórias.
Apesar dos avanços da medicina e da maior consciencialização para hábitos saudáveis, milhares de pessoas continuam a perder a vida todos os anos devido a enfartes, AVCs ou paragens cardíacas súbitas. Em muitos casos, estas mortes poderiam ser evitadas com prevenção e resposta adequada.
Um problema que começa muito antes da emergência
As doenças cardiovasculares são silenciosas. Na maioria dos casos, desenvolvem-se ao longo
de anos sem sintomas evidentes. A hipertensão arterial, o colesterol elevado, a diabetes ou o sedentarismo são fatores de risco frequentes — muitas vezes não diagnosticados a tempo.
É por isso que a prevenção e o diagnóstico precoce são essenciais. E aqui, as farmácias podem desempenhar um papel fundamental:
- Aconselhamento regular sobre risco cardiovascular
- Aferição de tensão arterial
- Programas de rastreio e medição de colesterol ou glicemia
- Sensibilização para estilos de vida saudáveis
Quando o coração falha: a importância da resposta imediata
Mesmo com todos os cuidados preventivos, a verdade é que as paragens cardiorrespiratórias continuam a acontecer — e a rapidez da resposta é decisiva.
O INEM estima que ocorrem cerca de 10 mil paragens cardíacas por ano fora do hospital. A maior parte destas situações ocorre em casa, na rua, ou em locais públicos como ginásios, centros comerciais, clínicas e farmácias.
Nestes momentos, cada minuto conta. A probabilidade de sobrevivência de uma vítima diminui 10% a cada minuto sem desfibrilhação. Ter um plano de ação e o equipamento necessário no local pode fazer a diferença entre salvar uma vida — ou não.
Embora nem todas as farmácias estejam equipadas com dispositivos de desfibrilhação automática externa (DAE), o seu envolvimento na cadeia de sobrevivência é cada vez mais reconhecido pelas autoridades de saúde.
Conclusão
A luta contra as doenças cardiovasculares em Portugal é um desafio de saúde pública. Exige políticas de prevenção, educação para a saúde e resposta rápida em situações críticas.
As farmácias, pela sua proximidade e acessibilidade, têm um papel privilegiado — não apenas como locais de aconselhamento, mas também como pontos estratégicos de resposta em caso de emergência.
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